19 de dezembro de 2013

Carta a um herói...



Olá, Harry Potter!

Como estás? Agradeço a carta que me mandaste com feitiços, mas não ando a conseguir fazer o "Wingardium Leviosa". Apesar de ser um feitiço básico a única coisa que consigo fazer com a pena é mandá-la ao chão. Talvez seja da varinha... sim, deve ser isso. Já está muito velhinha, e com as novas que há agora é quase esquisito eu andar com esta. Mas uma vez que, foste tu quem derrotou o "Quem nós sabemos" utilizando uma simples varinha, não ando com vontade de comprar uma nova. Já agora, qual é a varinha que me aconselhas? Quer dizer, possivelmente tenho que ir a uma loja específica de varinhas porque li que para se escolher uma varinha é necessário que nos vejam a mão. Com esta ideia de me tornar uma feiticeira sem ter que andar em Hogwarts, fico muito agitada e esqueço-me dos pormenores.
Apesar de teres sido criado por uma família de "Muggles" (designação dada pelos feiticeiros aos humanos) e eu ser de uma família de "Muggles" consegues ajudar-me com isto da feitiçaria?
Podes mandar-me uma carta com conselhos? Ficar-te-ia muito agradecida. Já a caminho, vai a minha coruja correio!

Adeus.

A feiticeira.

Mariana Reis, nº9
Ano/Turma:8ºH




Alcochete, 3 de dezembro de 2014

Olá, Branca De Neve!

Como estás?

Agora, que tenho a oportunidade de falar contigo (bem, estou a escrever, mas continuando) vou confessar-te uma coisa... Eu sempre quis ser como tu... tão esbelta e simpática, trabalhadora e amiga! A tua pele é linda, branca e maravilhosa! Os teus cabelos pretos são (embora pretos) brilhantes e os teus lábios também não se ficam atrás, bastante vermelhos e carnudos!

Para além desta confissão, tenho várias perguntas a fazer:
Como foi lidar com aquela bruxa horripilante que  queria matar-te? E conviver com os sete anões? Eles são simpáticos? Aposto que sim, pois tratavam-te muito bem! Pelas descrições na história, o príncipe era muito atraente... É verdade? E vocês, ainda têm um casamento “saudável”?

Sim, eu sempre tive estas perguntas e sempre fui curiosa mas… acho que posso continuar…
Penso que ainda falas com os anões, que eles se mudaram para o castelo e que vivem muito felizes. Pelo menos é o que diz no final do teu conto: “E viveram felizes para sempre”.
Depois destas interrogações todas, acho que  vou deixar-te em paz, até porque tenho que  concentrar-me na aula de Língua Portuguesa. Mas quero que saibas que és a minha personagem favorita, de todos os contos que já li!

Da tua “admiradora”,

Um beijo

P.S: Podes responder-me às perguntas, por favor?

Marta Duarte, 8ºH






Paris, 14 de junho de 2013

Querida Alice,

Há tanto tempo que esperava por este momento… Mandar-te uma carta!

Quando eu era mais pequena, adorava ver o filme “Alice no País das Maravilhas”. A parte de que eu mais gostava era quando tu te tornavas pequena (para atravessares a porta, ficavas praticamente do meu tamanho!). Hoje em dia, já não tenho tanto tempo para te ver, mas continuas a ser o meu ídolo. Ambas sabemos que tu és perfeita! És corajosa, bonita, simpática, curiosa, entre outras coisas (só não as escrevo porque ia começar a doer-me a mão de tantas qualidades que tinha de enumerar).

Gostava de  poder conhecer-te um dia e ser como tu…
Desculpa a pergunta mas… Onde é que compraste o teu vestido? Aquele que é azul e branco… É que é mesmo bonito!
Eu gostava de conhecer todos os teus amigos, mas aquele que eu gostava mesmo de conhecer é o Chapeleiro Louco! Ele é mesmo maluco (sem ofensa)!

Espero que um dia me respondas, fico à espera!

Já agora, manda beijinhos aos teus amigos. Um dia, tens de  mostrar-me o teu Pais… Deve ser maravilhoso!

Beijinhos,
Da tua admiradora

Carolina Ferreira, 8ºE


18 de dezembro de 2013

SALADA DE CONTOS




Aladino no País das Maravilhas

    Era uma vez um rapaz muito pobre que roubava para comer. O seu nome era Aladino.
   Um dia, decidiu ir ao mercado tentar roubar um pão que fosse para matar a fome. Quando apanhou a senhora distraída, agarrou no pão e correu o mais rápido que pôde. Correu tanto, que acabou por cair num buraco, que parecia nunca mais ter fim.
   Quando chegou ao fim, reparou que chegara a um lugar onde não havia pobreza, havia paz. Era o país das maravilhas.
   Um coelho, que estava sempre atrasado, passou e viu o Aladino. Como ele sabia que a Rainha Branca gostava sempre de ter visitas, o coelho levou-o ao seu castelo.
   A Rainha viu ao longe, do seu terraço, que tinha visitas. Então, desceu logo para dar as boas-vindas:
   - Bem-vindo ao País das Maravilhas.  O que o traz por cá?
   - Olá, chamo-me Aladino, sou muito pobre, caí num buraco quando estava a fugir por ter roubado pão, e vim parar aqui.
   - Pobre rapaz, posso deixar-te cá ficar, pois no meu país não há quem passe fome…
   - Obrigado, muito obrigado.
  - Mas… primeiro terás de enfrentar um desafio que te vou dar. Terás de ir buscar a lâmpada do génio ao castelo da Rainha de Copas, mas sem que ela te veja.
   - Como é que posso chegar lá?
   - Fica a cinco quilómetros da gruta, depois de atravessares o bosque.
   E lá foi o Aladino.  Fez o seu caminho e, quando chegou, reparou que a lâmpada estava ao pé de um cão fantasma, que, por sorte, estava a dormir. Ao aproximar-se da jaula do cão, em pezinhos de lã, pisou um ramo de árvore, causando um barulho que fez com que o cão acordasse e fizesse um rugido assustador, mas voltou a dormir. Rapidamente, o Aladino agarrou na lâmpada e saiu a correr. Mas quando lhe tocou, o génio saiu e concedeu-lhe o desejo de lá ficar e, num piscar de olhos, estava ao pé da Rainha Branca e ela só disse:
   - Bem-vindo ao País das Maravilhas.
   E viveu feliz para sempre.

Cátia Santos, 8ºH






O Rapto da Supermulher

Há muito tempo atrás, o Homem-Aranha conheceu a Supermulher, num café perto de sua casa. Os dois começaram a dar-se muito bem, a sair mais vezes e a conhecerem-se melhor.
Ele era um homem alto, de cabelo castanho-escuro e olhos verdes. Ela era uma mulher também alta, mas mais baixa que ele, tinha cabelo escuro e olhos azuis.
Entretanto, passados seis meses, eles já estavam casados, mas havia alguém que não concordava que estes dois ficassem juntos. Durante a noite, invadiram-lhes a casa, para raptarem a Supermulher. Ela tentou resistir e o Homem-Aranha lutou para impedir que a levassem, mas nada disso foi suficiente, pois eles eram demasiados. A Supermulher estava agora feita prisioneira destes cruéis vilões.
O Homem-Aranha ficou muito triste, mas com uma grande raiva por lhe terem tirado a pessoa que ele mais amava. Passadas três semanas, ele tinha localizado o covil dos vilões. Em desespero, por sentir a falta da sua mulher, ligou ao Capitão América para o ajudar a salvar a Supermulher. O Capitão aceitou e partiram os dois rumo ao salvamento.
Chegaram finalmente ao covil dos vilões. Não podiam ser vistos, pois queriam atacar de surpresa. Conseguiram entrar no covil, onde avistaram logo a Supermulher mas, para poderem chegar a ela, tinham que passar por um grande exército. Trabalharam os dois em conjunto: o Homem-Aranha lançava as sua teias para nelas prender os inimigos e o Capitão América lançava o seu escudo, derrubando assim quem se pusesse no seu caminho.
Finalmente, conseguiram salvar a Supermulher e regressar a casa, onde todos viveram felizes para sempre.

Ruben Correia       Nº19        8ºH



A Paz Adormecida

Há muito tempo atrás, num país muito distante, criado na paz,instalou-se a confusão.
Havia um rapaz de madeira, chamado Pinóquio, que tinha uma fada, a Fada Azul, que lhe ensinara tudo sobre o bem e o mal.
Um dia, essa fada optou pelo mal e começou a torturar as pessoas... pessoas inocentes!
Pinóquio sentia que tinha de fazer algo. Aquela fada ensinara-lhe a diferença entre o bem e o mal. Agora era a vez dele!
Pinóquio pensou, mas não havia nada que os humanos pudessem fazer contra uma fada. Além disso, metade deles já fora transformada em pedra. E o seu pai era um deles!
Pinóquio correu até à floresta, seguiu o caminho até avistar o castelo da Bela Adormecida, a sua melhor amiga.
- Bela, estás aqui ?
- Sim, aqui! O que precisas ?
- Das tuas três fadas!
Pinóquio contou-lhe o que sucedera na sua terra e os dois voaram até lá, com a ajuda das fadas.
As três fadas usaram a sua magia para selarem a Fada Azul, numa estátua de pedra, no centro da cidade. Desfizeram os feitiços da Fada Azul e a Bela regressou para a sesta. As fadas desapareceram. O Pinóquio foi com o pai para casa e a paz regressou àquela terra, onde se tinha instalado a confusão.
E afinal, todos viveram felizes para sempre!


Beatriz Bailó, nº3, 8ºH




A Fuga de Pinóquio

Há muito tempo, Pinóquio, um rapaz pequeno e frágil, andava a passear pelo bosque. O dia estava solarengo e muito agradável. Enquanto passeava, ouviu uns barulhos que o puseram atento… pareciam ramos e folhas a mexer. Pinóquio sentiu que estava a ser seguido. Quando se virou para ir para outro caminho, avistou um lobo que corria na sua direção. Ao avistá-lo, começou a correr o mais depressa que conseguia. O lobo parecia estar com fome! Depois de muito correr, avistou uma casinha e correu em direção a ela. Bateu à porta e, quando abriram, não hesitou e entrou imediatamente. No entanto, não deu tempo para o lobo entrar e, por isso, este ficou do lado de fora à espera que Pinóquio saísse.
Quando Pinóquio caiu em si, à sua frente estavam sete anões, três porquinhos, uma linda rapariga e um monstro, que o assustou. Os sete anões, cada um tinha a sua personalidade; os três porquinhos eram simpáticos e vestiam-se os três com roupas idênticas; a linda rapariga chamava-se Bela e vestia um longo vestido amarelo; o Monstro estava acompanhado pela Bela e, afinal…  até era simpático.
Após algumas horas de ter entrado naquela casa, o lobo desistiu, o que o tranquilizou. Pinóquio não sabia como voltaria para casa... e se voltasse a encontrar o lobo? Porém, os novos amigos que tinha arranjado eram muito simpáticos e convidaram-no a ficar ali até quando ele quisesse ir embora. Pinóquio aceitou o convite e ficou ali uns dias. Depois, com a companhia dos seus novos amigos, regressou a sua casa e nunca mais voltou a ver o lobo que o tinha seguido.
Assim, Pinóquio fez uns bons amigos para sempre.


Luana Costa, nº15 8ºE

10 de dezembro de 2013

A Pradaria



O Sol nascente e alaranjado sobe lentamente, encadeando, com luz e um ligeiro calor, a longa pradaria de trigo. A pradaria estende-se e o vento fresco matinal sopra sobre ela, ondulando o infindável mar de trigo e produzindo o característico silvo.
Uma oliveira corta a paisagem, destacando-se da ondulante massa de trigo. A oliveira cresce numa pequena colina, retorcendo-se como se alguém tivesse pegado no caule e o  torcesse como se estivesse a tentar secar um pano molhado. Nela, crescem folhas e flores luxuriantes, e abriga o mais variado leque de pássaros, tais como andorinhas e melros, constantemente a voar entre a oliveira e o campo luxuriante à sua frente, cumprindo os exigentes e constantes pedidos de atenção dos filhotes.
 A pradaria não se limita a um dourado espaço de trigo, mas, por todo o lado, há pontos de todas as cores, salpicando o campo dourado de cor. São flores, milhares delas, que perfumam a vasta pradaria com adocicados cheiros, que atraem animais e insetos. A pradaria, apesar de silenciosa, está repleta de sons, sons de liberdade, sons de alegria, mas entre todos estes destaca-se um: solidão. O som insuportável e característico da solidão; o silêncio... silêncio absoluto e completo.
Agora, toda a pradaria é apenas uma fantasia do que era. O Sol brilhante foi asfixiado pelas nuvens pesadas e pretas que pairam pela atmosfera.O mar interminável de trigo assemelha-se mais a um leito de rio seco, com solo minado, remexido e tóxico, mortal para qualquer planta que se atreva a embrenhar-se no solo. As crias de pássaros já não avivam o local com os seus contentes chilreios e o movimento dos seus pais em busca de alimento já não preenche os céus. As flores desapareceram com o trigo e o perfume adocicado foi substituído por um acre cheiro a enxofre e pólvora. Contudo, entre a devastação da outrora grande pradaria, a oliveira sobrevive, solitária. Enquanto todos os outros caíram, ela manteve-se imponente, na sua pequena colina, esperando pela salvação, por um milagre. Talvez ele chegue, na base da oliveira e, entre as raízes desta, um pequeno rebento verde floresça... o legado da pradaria.
  
António Canteiro,  8ºE